sexta-feira, junho 02, 2006

Há dias assim...


Há dias assim... Em que nada nos enche a alma e o vazio das palavras apenas agoniza mais o estranho sentimento que nos faz querer respirar. Há dias em que cada gesto surge apenas como um mero movimento consequente de uma realidade efémera e sem luz. E esses dias são grandes e lentos. E esses dias são apenas a sombra triste dos sonhos que emergem da memória dos tempos e nos fazem cogitar sobre a nossa existência. Há dias em que os sonhos nos mostram a indiferença das horas e nos condenam à miséria invisível dos olhos... Esses dias são grandes e lentos. Intermináveis. Insaciáveis. Inesgotáveis. Instáveis. Frágeis. E esses dias são apenas o resto imperceptível de fragmentos nus, sem vestígios de cor nem luz, sem vestígios de alma ou corpo, de sangue ou crepúsculo. Há dias assim… em que não nos basta respirar e saber que existimos. Que o mundo “pula e avança”… Que fazemos parte desta grande engrenagem chamada vida em que apenas a dor nos compensa a apatia vazia que se perde nas artérias e nos faz pressentir o fim.

6 comentários:

la vrait vie est absent... disse...

hoje é um desses dias...
nao percebo...
beijo e adoro-te

Anónimo disse...

minha maria...

Anónimo disse...

Há dias assim, dias de alma vaga...

Beijo!!

Anónimo disse...

Mary???? Hum...

Anónimo disse...

há dia assim... e não adianta fingir que não existem

Anónimo disse...

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