sexta-feira, dezembro 18, 2009
Teoria da conspiração: A-SSUS-TA-DOR!!!
sexta-feira, novembro 27, 2009
Até os bichinhos gostam...
sexta-feira, novembro 20, 2009
segunda-feira, novembro 02, 2009
Concha Buika
Gracias Lola!
quarta-feira, outubro 28, 2009
DEUS EXISTE
DEUS EXISTE SIM!
A próxima vez que se perguntarem porque...
Perguntem antes...
E porque não?!
terça-feira, outubro 27, 2009
São pérolas senhores, são pérolas!
E como a minha vida tem sido um somatório de dificeis momentos, quero que vejam isto,com a mesma alegria que eu, mas simplesmente se sentirem esse vazio apático que vos condena ao silêncio. Aquilo que se segue, são autênticas pérolas capazes de provocar a mais hilariante das risadas. Cuidado! Se acharem que não estão preparados, por favor não vejam. Pode conter imagens eventualmente chocantes. Divirtam-se.
sexta-feira, outubro 02, 2009
I LOVE CROACIA
domingo, setembro 27, 2009
Flamenco y otras aves
quarta-feira, setembro 09, 2009
Menina-descalça, menina-mulher...
26 de Julho de 2009. Dia em que cumpria o meu 30º aniversário. Apesar de nem todos poderem comparecer por compromissos diversos, é comovedor concluir o número considerável de pessoas que se apresentou a esta reunião singular. A todos os que estiveram durante e depois deste jantar (cerca de 52 pessoas) dedico a minha mais sincera gratidão. Vindos de todas as partes da peninsula ibérica e ilhas... Os vossos sorrisos fizeram-me acreditar por momentos que vale a pena estar aqui e que não podemos deixar de acreditar nesse valor supremo chamado amizade.
E assim, em alegre comunhão encetámos uma longa caminhada de boémia e euforía. Tentem lá recordar estes momentos tão especiais. O 1º corresponde a uma dedicatória pessoal que vos fiz com uma música por mim composta:
...e o 2º com um momento hilariante apresentado pelo famoso quarteto Sara, Teresa e Joana Macedo (voz) e Maria Brito (piano):
Muitos de vocês me têm perguntado o porquê do meu silêncio, da minha ausência. Por isso hoje resolvi escrever-vos.
O dia amanheceu em solene alvoroço. Entre o habitual despertar das agitações matutinas, uma luz tímida marcava o inicío de mais um dia regular. Nem mais um minuto na cama. Segue-se o velho caminho interminável dos passos lentos e dos olhos rasgados de sono perdidos no granito sujo das ruas. Os pés marcam os passos de uma massa de sangue, rendida à inevitável curva do tempo. O corpo dilacerado por insónias, arrasta a sua sombra sem vida por entre os murmúrios impacientes dos trauseuntes. Não há luz nem brilho, nem côr ou vida. Os pássaros já não marcam ogivas de vento, e as copas das árvores já não dançam o seu esplendoroso baile de clorofila. As mãos transpiradas antecipam as chuvas ácidas que lapidam o cume das montanhas. Uma brisa agreste desenha a inevitável antecipação do outono. E o mundo indiferente ao seu olhar segue rotundo e impaciente a compasso marcado pela translação das horas. Enquanto isso o ritmo cardíaco que embala o seu pensamento segue a sua própria indignação e os sinais das ogivas de sorrisos forçados irrompem no seu espaço, indiferentes ao consumado egoismo dos humanos. Sobeja indiferença guarda na esfera de aço que esculpe o seu entorno. E as reservas de ar que escondia são agora fragmentos poluidos de uma inerte convergência de escassos recursos injustificados. O espelho devolve-lhe a imagem dissecada em sussuros das mesas dos cafés. Dos bares. Das praças habitadas por abutres famintos de histórias ambiguas e passiveis de especulaçoes hilariantes. As olheiras esfumadas no caminho desgastado das lágrimas, não enganam as etiquetas atribuidas aos capitães dos sonhos. Eufemisam a dor alheia em epopeias ortodoxas sem objectivos relevantes. Eras tu... Menina dos pés descalços. Menina que subias as árvores com um sorriso de Natal. Menina dos olhos morenos que enganavas a vida com uma dança na chuva. Menina dos sorrisos de Natal que pintavas com rubi as lágrimas que caiam no rosto dos que sabias longe de ti. Menina de cristal escondida numa pétala de margarida plantada numa crista de orvalho outonal. Menina dos pés descalços que adormeceste na pedra fria desse abismo que teceram ao teu redor. Menina perdida no deserto fúnebre dos silêncios que calaram a tua canção do mar . Menina que partiste na espuma das ondas e deixaste para trás os sonhos dos meninos que caminhavam descalços. Os espinhos cravados nos pés fizeram-te sair dessa feroz guerra de palavras pintadas de mel. Menina das pedras frias que embalas as lágrimas nas páginas dos jornais. Menina, que te deixaste adormecer no brilho pálido do luar com os teus sapatinhos de hortelã e apagaste as estrelas que embalavam a tua dor. As tuas olheiras esfumadas escondem os olhos morenos que enganavam a vida com danças na chuva. E agora menina, és mulher. E agora calçada terás que caminhar nesses espinhos que deixaste no caminho e te despertou desse sonho de menina sem rua. Menina-mulher, agora és assim... um fragmento de alma perdido no sonho descalço de alguém.
segunda-feira, julho 20, 2009
Heading to my Sexy 30's
segunda-feira, junho 08, 2009
Sara Baras - Carmen
sábado, maio 30, 2009
7º Festival Internacional de Poesia e Polipoesía
Nathalie Quintane, Anne Waldman e a referente indiscutível da musica do século XX e XXI (Joan La Barbara) que investigou durante décadas as possibilidades mais impossiveis e excitantes da voz. Esteve ao lado dos grandes nomes da música contemporânea americana como Morton Subotnick, Jonhn Cage e Morton Feldman. A exploração da voz humana como instrumento de múltiplas facetas com um vocabulário pessoal de técnicas vocais experimentais. Se por acaso passar por terras lusas, POR FAVOR, não percam. Aqui ficam alguns momentos:
Anne Waldman
Joan La Barbara
terça-feira, maio 26, 2009
LAVAPIES RULES!!!
segunda-feira, maio 18, 2009
Los Abrazos rotos
domingo, maio 10, 2009
A mulher-bomba!!!!
quinta-feira, maio 07, 2009
"OTRA DE CASTING"
(da esquerda para a direita - Raquel, Carmen, Bea, Carmen).
segunda-feira, maio 04, 2009
CLÃ... Como não?
segunda-feira, abril 27, 2009
25 de Abril... sempre! E em qualquer lugar!
A coisa começou a aquecer pouco passava das 19h da tarde: Os preparativos florais e o afinar da voz com os acordes da revolução.
Local de encontro: LA GRÂNDOLA (conseguem imaginar porquê?)
Decoração: Muitas pessoas de várias nacionalidades, cortinas de cravos vermelhos, colunas de papel grafitadas com as frases habituais alusivas ao tema, ramalhetes de cravos para consumo dos mais entusiastas e...
... e como não? Música ao vivo com o belo do faduncho da Amália, Zeca Afonso e para terminar... Grândola Vila Moreeeeeeeeeeenaaaaaaa... com o público lusitano inflamando a sua voz num entusiasta coro à capela sem precedentes!
sexta-feira, abril 24, 2009
Atenção às emergências.... by RYANAR
Atentos!!!
Isto é um alerta para aqueles que gostam de viajar naqueles bancos ao lado das saídas de emergência, porque podem esticar as pernas sem bater no banco da frente. Qual não foi o meu espanto quando depois das habituais informações dos procedimentos de aterragem em caso de emergência: as máscaras que caiem do céu, os coletes debaixo dos assentos, e a hospedeira de bordo assinalando entediada com uma mímica duvidosa todas as saídas de emergência, se dirige até mim um assistente de bordo e me pede encarecidamente que tire os auriculares.
-Porque?
- Porque está situada nos assentos ao lado da saída de emergência.
E de seguida pede à senhora do lado que tirasse a venda dos olhos para dormir porque naqueles bancos também não era permitido. Nem casacos nem mochilas ou carteiras. Tudo fora. A coisa começou a animar e ainda pensei que nos fossem mandar tirar a roupa. Mas tal não aconteceu. Depois ainda pensei que nos dessem um cafezinho não se fosse dar o caso de termos que estar em alerta total. Passados pouco mais de 5 minutos, uma nova assistente de bordo trajada a rigor aproxima-se de mim sorrindo e pede-me por favor para ver com atenção as normas de segurança para o caso de uma aterragem de emergência uma vez que, claro está, estando ali sentados, seria da nossa responsabilidade a abertura da almejada porta de emergência no caso de cairmos a 5000m de altitude. Foi então que, num gesto altruista, não fossem a vida daquelas 100 pessoas depender de mim, que dediquei toda a atenção à informação que se encontrava mesmo à minha frente. Não podia acreditar. Visto de longe não estava mal...
Mas aproximei-me um pouco mais e reparei que a senhora com um pendeado à capacete-de-ciclista corria de uma forma peculiar. Perguntei-me se seria esta a posição velocista que deveríamos adoptar nestas situações. Talvez assim se conseguisse a diminuição do atrito e proporcionar um arranque mais proeminente e eficaz na fuga.
Mas a coisa não ficou por aqui.
Qual não foi a minha surpresa quando reparei que nestes casos de emergência ficava EXPRESSAMENTE PROIBIDO o uso de sapatos (altos?), brincos, colares e meus amigos... sim! É verdade. De dentaduras postiças.
Não sei o que dizer mais. Parece-me sem dúvida hilariante imaginar uma aterragem forçada, com a habitual histeria dos gritos e dos choros, e ter que tirar todos os piercings do meu corpo, enquanto o velhinho do lado, aturdido com tanto fumo, retirava a sua dentadura religiosamente e a guardava no bolso das calças e o gótico do lado desesperava enquanto tentava a toda a força desapertar as suas Dr.Martens até ao joelho.
Para a próxima vou nos bancos da frente. Não quero correr riscos.
quarta-feira, abril 15, 2009
SEGUIR RESPIRANDO
Fernando Pessoa
E com palavras tão sabiamente pronunciadas, resta-me tentar acreditar nelas e seguir o meu caminho acidentado.
Quem sabe agora, com todas as pedras que venho guardando pelo caminho, nao tenho já as suficientes para começar a fazer uma muralha...
sexta-feira, abril 03, 2009
MESTRE SUSHI
7 amigos
3 horas na cozinha
3 litros de sake
5 litros de cerveja
e o resultado foi este:
(Ingredientes: 750gr de salmão, 750gr de atum, 500gr de imperador, delicias do mar, sementes de sésamo, águas, vinagre de arroz, arroz para sushi, algas para sushi, pepino, nabo, abacate, manga, ananás e claro, wasabi e molho de soja).
Depois é começar a labuta. Meus amigos. Digo-vos. Paciência de "chinês" neste caso".
Depois de preparar o sashimi:
Sushi (incluindo o california!)
E o resultado final de uma mesa perfeitamente arquitectada:
DOSHU a todos!!
sábado, março 28, 2009
BLOG NOVO... VIDA NOVA!
A vida tem destas coisas. Às vezes damos por nós a corrigir o destino. Recusamos aceitar a caminhada sofrida da desilusão e da dor. Da perda e da inevitabilidade das circunstâncias. Cometemos injustiças e pecamos infamemente sem percebemos o que realmente devemos procurar enquanto desgastamos os nossos gestos em realidades obtusas e insignificantes. Condenamos a nossa existência à memória triste das horas e deixamos que o contexto abstracto que nos rodeia apague as pegadas da nossa singular personalidade.
Há dias assim...
Em que o mundo eleva a nossa alma à casualidade dos passos das nossas mãos.
Há dias em que tudo o que sentimos é apenas o resíduo letal dos nossos pensamentos.
Mas depois, quando pensamos que nada mais importa, e que o tempo alienado das nossas ilusões se sacrifica em suaves conotações de miséria, alguém irrompe na nossa inequívoca circunstância efémera e nos brinda com algo realmente importante. E é quando alguém assiste à nossa triste ruína com uma inexplicável dor que despertamos dessa insustentável forma de caminhar e olhamos o mundo em contornos de uma luz quase virgem que quase nos cega de tão cegos que estávamos.
Um pequena homenagem a essa pessoa que soube dedicar-me uma música especial num momento singular e que gostaria partilhar convosco nesta nova descoberta!
ELIS REGINA - MARIA MARIA
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia,
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas agüenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida
segunda-feira, março 16, 2009
MI PRIMERA VEZ
Pois entao... foi no teatro que me lembrei do nosso maravilhoso questionario há muito esquecido no nosso arquivo. Sim! Esse que perguntava como consideras que perdeste a virgindade. Pois meus amigos, os resultados foram surpreendentes nao so pelo numero de votantes mas tambem pela estatistica que lhe correspondeu!
Ora, numa análise bastante pragmática aos resultados apresentados, vários são os comentários que podemos tecer relativamente aos seus votos e percentagens.
Partilham o primeiro lugar da votação as duas respostas mais ambíguas, dado o seu grau de verosimilitude. Que 24 pessoas me digam que a penetração é a forma mais ortodoxa de se perder a inocência, eu até concordo. Que um numero mais pequeno se perca em difíceis e conturbadas avaliações sobre a realidade do seu comportamento sexual, que até entendam o sexo como uma espécies de pensamentos pecaminosos e humidades incontroláveis, que entendam que a virgindade se pode perder com o simples facto de ousar tocar os genitais ou tomar conhecimento da sua existência, que alguns se deixem contaminar pelas controversas questões apontadas na revista Maria, confesso que de todo não me surpreende. Agora, meus amigos, que 26% das respostas apontem a sua actual virgindade... isso preocupa-me porque não entendi se ainda o são por opção ou porque (como dizia a pergunta) o são porque pretendem guardar-se para a união do santíssimo sacramento. Pois meus queridos e queridas, deixem que vos diga uma coisa. Independentemente do motivo que vos aprisione a tamanha vocação, independentemente da vossa idade ou sexo quero desde já expressar a minha inveja! Sim. Confesso. Muuuuita inveja! Isto porque (e agora um conselho sério). Não desperdicem a vossa virgindade (como fizemos os outros 70 que aqui contámos a nossa história) de qualquer maneira. NAO! Da maneira que o mundo e está, e com a crise global que nos assombra, ponham o belo anuncio na Internet (como fez a Raffaele) e vendam a vossa bela inocência (nunca por menos de 1 milhao de euros) a um milionário fetichista disposto a pagar-vos infinidades de euros só para poder usufruir de uma coisa cada vez mais escassa.
"Ex-Big Brother italiana vende virgindade por 1 milhão de euros Raffaele Fico, 20 anos, «nunca namorou, nem sabe o que é sexo». Sonha com um apartamento e quer ser actriz. Vende-se por 1 milhão de euros.«Não sei o que é sexo, nunca fiz. Estou ansiosa por saber quem é que me vai levar para a cama», diz a modelo italiana, que garante nunca ter namorado. A primeira vez não precisa de ser especial, conforme confidenciou à imprensa italiana, o importante é o preço. «Caso não goste, vou tomar uma taça de vinho e esquecer», conta Raffaele. A tendência parece ter virado moda, depois de uma estudante norte-americana de 22 anos ter resolvido leiloar a virgindade, neste caso para pagar os estudos. A jovem de San Diego (Califórnia), que usa o pseudónimo Natalie Dylan, espera que as ofertas cheguem ao milhão de dólares. Raffaele Pico, que se tornou conhecida por participar na última edição do "Grande Fratello", o Big Brother italiano, só se entrega a quem pagar o mesmo milhão em euros. Segundo a mãe, a jovem é uma católica devota e reza todas as noites. Mas precisa de comprar um apartamento, já que o seu arrendado não serve. E como sonha ser actriz, precisa de pagar aulas de representação. "
POR ISSO MEUS AMIGOS VIRGENS, NAO PERCAM A OPORTUNIDADE... VOCES, AINDA PODEM!!!!
terça-feira, março 03, 2009
Morremos todos os dias
A alma derrotada, aceita sem refutar, o destino triste dos dias e aprendemos a desistir do inevitável crepitar dos desejos inconsequentes. Seguimos sem brilho nem cor numa rota sem destino. Arrastamos o corpo sem atrito por abismos de lágrimas erguidas sobre memórias de cristal. Recordamos com dor as mãos clandestinas que se encontravam em surdina por entre as pernas. Os beijos roubados entre um suspiro e um olhar tingido de pecado. Apagamos as noites da saliva gasta entre suspiros e espasmos de prazer. Acreditamos por um momento que somos o destino eterno do caminho de alguém e vivemos a ilusão dos loucos que caminham errantes na linha infinita do horizonte. E ainda assim acabamos sempre por nos perder no ponto final de uma frase que nunca chegámos a terminar. E quando nos preparávamos para fazer rimar as palavras ocas que dissemos em silêncio acordamos e sentimos o ritmo compassado das artérias marcando o compasso da vida. E descobrimos que há um dia destinado para morrermos, um dia em que a sombra nos cubrirá os olhos de frio e a nossa pele será apenas o resíduo dos nossos ossos. Esse dia chegará sim. Mas até lá... vamos morrendo todos os dias.
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Homenagem sem luz...
Os seus gestos denunciavam as memórias agrestes que o tempo insiste em recordar e as palavras proclamavam a mágoa guardada na cinza dos sonhos.
Caminhava quase invisível aos olhos, indivisivél dos passos marcados no chao com o desalento próprio dos resignados e cansados de lutar.
Nos sorrisos eminentes do seu rosto entregue ao sofrimento, apenas via um espasmo de comoção às palavras queimadas entre a entropia das tertúlias riscadas sobre um balcao de copos sujos.
Sem que deixe perceber, rodeio o seu olhar obtuso com constantes imagens pintadas de sonhos de crianças, e histórias coloridas com raminhos de hortela.
Talvez ela não saiba, mas as lágrimas, quando olhamos o sol, criam um arco-iris na retina e fazem-nos acreditar no voo dos tritões e das sereias guardados no fundo do mar.
Talvez ela não saiba que mesmo a mais escura das sombras esconde o relexo de uma luz gigante que nos aquece quando deixamos de acreditar.
Talvez ela não saiba... Ou talvez ela não queira saber.
sexta-feira, janeiro 23, 2009
FIM DA TRIOLOGIA - Leo, Rita & Maria - Adeus Leo
Nao resta mais nada.
Fecho os olhos e encerro os sentidos na palma da mao. Tudo me fere. Tudo me magoa. A sombra das memorias derramam sobre mim uma cortina de nostalgia que me condena à eterna imagem das tuas mãos. Esgotada e sem recursos deixo-me adormecer na inercia das horas e confino ao tempo o destino dos meus passos.
A alma apagou-se e em seu lugar apenas ficou o vazio e o silêncio. Como uma catástrofe que devasta uma cidade e apenas deixa escombros sujos e gastos pela poeira dos dias. Escombros e ruinas de um passado talhado de sonhos e sorrisos. Nao restou nada. Nem um so pilar sobre aquela que foi outrora a majestosa paisagem que desenhámos na palma suada das nossas mãos.
Sei que sou capaz de me erguer de novo. De resistir a todas as catástrofes. Mas nao tenho mais força nem ilusoes. Nao ficou nada daquilo que um dia possa ter figurado diante dos meus olhos. Sei que sou forte, mas nao o suficiente para suportar o oceano que nos separa.
Nao quero com isto dramatizar a vida ou riscar a minha existencia, apenas quero matizar a minha resignaçao e deixar escrito o que todos os días traço com lagrimas na almofada quando as insónias me condenam à eterna memoria de ti. De tudo o que era teu e levaste. De tudo o que era só teu e agora sao apenas cinzas fragmentadas numa linha de fumo branca riscada no céu.
O que ficará quando as lágrimas secarem e o sal exposto na face queimar os gestos cumplices pintados de luar? O que fica das noites consumidas pelas gargalhadas que pintavas no meu olhar quando te sorria? Como apagar o oceano profundo que nos condena à eterna condiçao da matéria? Saberá o tempo varrer o sangue das pegadas vazias que ecoam nos sonhos e apagar os rituais tingidos na pele? Saberá o vento soprar as entranhas do pensamento e cuspir as mágoas cravadas no fundo dos olhos? Saberá a terra tapar o abismo de medos que abriste quando partiste? Saberei eu encontrar de novo a magia dos duendes e das fadas que me esculpiram de sonhos de criança? Ou serei apenas o eterno sono de menino com medo da escuridão.
Acabarei assim... como o resto de alma do sonho de alguém.